O Karma e o Dharma são palavras que normalmente geram confusão na cultura ocidental, sendo comum uma associação errônea do Karma a acontecimentos ruins ou uma espécie de penitência. Já o Dharma muitas vezes nem sequer é conhecido em qualquer sentido. Na realidade, Dharma e Karma são duas partes de um mesmo conceito e que estão intimamente ligados ao já popular e difundido livre arbítrio e sua interferência sobre o destino de um indivíduo.
O DESTINO E O LIVRE ARBÍTRIO
Muitas vezes tendemos a culpar o destino pelos rumos de nossas vidas e esquecemos que todo o caminho que percorremos é trilhado única e exclusivamente por nós. Como maior prova de amor e benevolência divina é que, mesmo diante de designações ou missões a cumprir em Terra, cabe a nós aceitarmos e seguirmos ou não, por mais importante que esta seja.
Responsáveis pelas consequências dos nossos próprios atos, arcar e conviver com as escolhas que fizemos é uma das maiores dádivas que podemos receber: a liberdade. O uso dessa liberdade é o que nos leva a uma vida de angústias ou iluminação pois, quando a usamos em decisões equivocadas sem admitir que agimos contra o caminho da luz, o sentimento de frustração é imediato, diferente da paz que se encontra ao aceitar suas atitudes. Lembre-se: é você quem dá as rédeas de seu próprio destino, interligando sua missão na terra ao peso de suas ações.
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DHARMA
O Dharma é uma das metades desse mesmo princípio, representando o caminho da verdade e a lei natural; como uma zona onde a luz flui naturalmente e trilha o caminho da virtude. O Dharma é como entendemos o destino ou nossa missão na terra, e vive-lo é seguir o caminho indicado pelo universo.
Àquele que segue seu Dharma encontra a paz e fluidez em sua vida, realizam suas ações com graça, beleza e naturalidade, assim como um pintor que cria seus quadros de maneira tão natural quanto o ato de respirar.
KARMA
O Karma é erroneamente interpretado por nós como um vilão, como se fosse um peso ou um castigo por algo que fizemos, mas a realidade é bem diferente dessa interpretação. Somos levados a essa ideia da mesma maneira que nos esquecemos do que realmente é o livre arbítrio e culpamos o destino por nossos males. O Karma na verdade é a lei que completa o conceito do Dharma.
Assim como a lei que rege suas ações, ele representa as escolhas e, através dele recebemos as consequências pelas nossas ações; não como punição, mas como um simples resultado da decisão tomada. O Karma é a lei que determina o quão afastado ou próximos estaremos do nosso Dharma, portanto, um Karma em equilíbrio, iluminado com boas escolhas, nos torna cada vez mais próximos de sua outra metade da plenitude.